sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Chuva

As coisas vulgares que há na vida

Não deixam saudades

Só as lembranças que doem

Ou fazem sorrir


Há gente que fica na história

da história da gente

e outras de quem nem o nome

lembramos ouvir


São emoções que dão vida

à saudade que trago

Aquelas que tive contigo

e acabei por perder


Há dias que marcam a alma

e a vida da gente

e aquele em que tu me deixaste

não posso esquecer


A chuva molhava-me o rosto

Gelado e cansado

As ruas que a cidade tinha

Já eu percorrera


Ai... meu choro de moça perdida

gritava à cidade

que o fogo do amor sob chuva

há instantes morrera


A chuva ouviu e calou

meu segredo à cidade

E eis que ela bate no vidro

Trazendo a saudade


By: Mariza

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